quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Portugal Telecom vende fatia de 29% no UOL para Hypermarcas

Fundador da gigante de bens de consumo Hypermarcas comprou as 34.571.362 ações da Portugal Telecom

Vivian Pereira, da
São Paulo - O portal e provedor de acesso à Internet UOL informou na noite de quarta-feira que a Portugal Telecom vendeu o total de sua participação na companhia para uma empresa controlada por João Alves de Queiroz Filho, fundador da gigante de bens de consumo Hypermarcas.
A companhia portuguesa possui 34.571.362 ações da empresa de Internet, sendo 22.998.403 ordinárias e 11.572.959 preferenciais, equivalentes a 29 por cento do capital total.

Se considerado o preço de fechamento dos papéis preferenciais do UOL na quarta-feira, que foi de 12,79 reais, a Portugal Telecom receberia cerca de 148 milhões de reais por este grupo de ações.

Já as ações ordinárias da empresa não são negociadas em bolsa, por estarem totalmente concentradas entre sócios privados --sendo 61,7 por cento nas mãos da Folhapar e 38,3 por cento da Portugal Telecom--, impedindo o cálculo estimado do valor da operação como um todo.

Após vender sua fatia na Vivo à espanhola Telefónica por 7,5 bilhões de euros, no final de julho, a Portugal Telecom adquiriu participação minoritária na Oi, negócio que deve ser concluído até ao final do primeiro trimestre de 2011.

Maior grupo de telecomunicações do Brasil, a Oi é detentora do portal IG, um dos principais concorrentes do UOL no mercado brasileiro de Internet.

"A conclusão da aquisição e transferência das ações devem ser implementadas com a renúncia ao direito de preferência que a Folhapar detém na aquisição das ações do UOL", conforme documento ao mercado.

Ainda segundo o comunicado, a operação não altera a estrutura de controle ou de administração do UOL, que não revelou os valores envolvidos no negócio.

Diveo

Também na noite de quarta-feira, o UOL anunciou a conclusão da compra da norte-americana Diveo Broadband Networks (DBNI), por meio de sua subsidiária DH&C, por 693,5 milhões de reais à vista.

Um valor adicional de 19,4 milhões de reais foi depositado em conta-garantia para futuros ajustes, informou o UOL na véspera.

A aquisição, que teve acordo firmado em 13 de dezembro, será realizada nos Estados Unidos, envolvendo a DH&C Merger Sub, subsidiária integral da DH&C, e a DBNI, especializada em centros de dados e hospedagem de websites nos mercados brasileiro e colombiano.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Como a Copag completa 102 anos vendendo baralho


Pela primeira vez a marca de cartas faz ações para o varejo

Rayane Marcolino, do
Rio de Janeiro - Um baralho é sempre igual, 52 cartas dividas entre quatro naipes e os curingas. Disso a Copag sabe mais do que ninguém. A companhia tem mais de 100 anos de vida, sendo 92 deles dedicados à produção das cartas. Sobreviver vendendo um produto tão simples, porém, não é tarefa fácil. Para se destacar da concorrência, a Copag investe em materiais diferenciados, cores e modelos variados, produções para ações promocionais de outras marcas, e em parcerias para a fabricação de novos jogos.
O principal foco da Copag hoje são os consumidores. Isso parece óbvio, mas não para o segmento de jogos, tradicionalmente voltado para o atacado. Para alcançar o público final, a empresa lançou em 2007 a embalagem blister para supermercados. As caixas vêm com 12 baralhos para serem revendidos. A maior ação da empresa, no entanto, será realizada nesse verão. A promoção “Férias Premiadas Copag” conta com entrega de mais de 3.600 prêmios, vendas na praia e até idosos como promotores.
“Essa ação mostra a nossa preocupação em nos aproximar do consumidor. Isso é essencial para direcionar nossas futuras ações e identificar novas oportunidades”, afirma Ricardo Atner, Diretor Comercial da Copag. O objetivo do projeto é fazer com que as vendas cresçam entre 15% e 20% no período de férias, em comparação à mesma época anterior. A primeira parte do projeto idealizado pela agência MindsOn foi iniciada no último dia 16, na rua 25 de março, em São Paulo.
 
Marketing para se aproximar do varejo
Na tradicional rua paulistana foram distribuídas 300 camisetas para os vendedores dos estabelecimentos parceiros da Copag e para os vendedores de rua com dizeres como "Já comprou seu baralho hoje?" e "Já achou a carta premiada hoje?". Para estimular o uso da camisa, “curingas” da Copag premiaram os vendedores. Outros 50 pontos de venda da capital e do litoral de São Paulo contam com promotoras da marca, que divulgam a campanha Férias Premiadas Copag e distribuem folhetos com regras dos jogos.
No litoral de São Paulo, vendedores com carrinhos comercializarão os produtos. Para completar, uma ação homenageará o público mais fiel da Copag: os idosos. Grupos de “velhinhos-promotores” ficarão jogando cartas em locais pré-determinados e desafiarão as pessoas que passarem para uma partida.
Outro público interessante para a Copag é o de jogadores. Para se aproximar deles, a empresa centenária investe no patrocínio de campeonatos de poker. “Os jogadores regulares compram e sabem onde encontrar os baralhos. Já o jogador ocasional não tinha orientação suficiente sobre como encontrá-las com facilidade, por isso estamos concentrando neles as nossas estratégias”, conta Ricardo Atner, diretor comercial da Copag.
 
Portfólio além do baralho
Apesar do investimento em Marketing, a Copag acredita que o seu destaque no mercado se deva à qualidade de seu produto. Para a empresa, o investimento contínuo no material e na sua produção é que garantem a preferência do consumidor. “Investimos muito na qualidade de nossos produtos, em tecnologia e no aprimoramento da nossa produção. Também mudamos o layout das cartas e das caixas”, conta Atner. O diretor afirma ainda que é essencial  o investimento no relacionamento com os atacadistas para garantir a distribuição do produto por todo o Brasil.
Mas não é só de baralhos convencionais que vive a Copag. A marca possui cerca de 100 itens em seu portfólio, entre eles os jogos educativos para crianças, muitos com o licenciamento de personagens da Disney. A atuação da companhia nesse segmento começou em 2005, após fusão com o grupo Carta Mundi, um dos grandes players de jogos e cartas do mundo.
“Com essa fusão pudemos começar a operar em outras divisões e aproveitamos o acordo de licenciamento deles com a Disney para produzir jogos educativos”, comenta o Diretor Comercial sobre o segmento que já é responsável por 6% do faturamento total da Copag. Por ter se tornado tão importante nos negócios da empresa, os jogos educativos também ganharam ações em pontos de venda. Em lojas da rede Ri Happy, promotores ensinam como jogar os jogos da Copag disponíveis nas lojas.
 
Outros negócios
Além dos jogos, a Copag comercializa em sua loja virtual roupas e acessórios com sua marca e estampas ligadas a jogos em balde de gelo, coqueteleira, mantas para mesa de jogos, guarda sol e cooler. Apesar da variedade, nenhum desses produtos é tão importante para a empresa quanto as cartas.
Outro segmento importante para a empresa são os baralhos promocionais. A Copag costuma fazer linhas de baralhos com estampas exclusivas para marcas. “As empresas se cansaram de fazer canetas, réguas e bonés. O baralho agrada a vários públicos e expõe muito a marca ao cliente”, afirma Atner, promovendo o seu produto e esperando um crescimento de 10% em 2010.

Aos colegas de caminhada neste ano de 2010

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

52% dos e-consumidores são da classe C

  • e-Commerce
  • 20/12/2010 17:49

52% dos e-consumidores são da classe C - Ascensão de novos consumidores aquece o mercado no Natal

Lucas Carvalho, do
Rio de Janeiro - Os integrantes da classe C são os que mais compram produtos atráves do e-commerce, representando 52% desse mercado, segundo uma pesquisa realizada pela plataforma digital MoIP.
A classe D também aumentou sua participação no mercado, sendo 29% do total. Com a ascensão desses grupos, o mercado tornou-se mais acessível para todos, fazendo com que o Natal desse ano seja considerado o melhor dos últimos 10 para os comerciantes.  Esse grupo de novos consumidores é formado principalmente por pessoas de faixa etária adulta, nascidos antes da internet, e por jovens da geração digital.

Websites corporativos se tornarão irrelevantes em 2011

  • Perspectivas 2011
  • 22/12/2010 14:24

Websites corporativos se tornarão irrelevantes em 2011, diz E.life

Estudo identificou oito importantes tendências para o ano que se aproxima


São Paulo - A mescla de uma crescente compreensão do potencial das mídias sociais por parte das empresas, as novas tecnologias e o ingresso massivo de adeptos ao mundo das redes sociais, além da expansão da banda larga e o próprio comportamento do internauta, indicam grandes transformações do mundo digital. Atenta a esse “movimento” constante, a e.life realizou um apanhado e identificou oito importantes tendências para o ano que se aproxima. Acompanhe um resumo de cada uma delas logo abaixo:

O começo do fim do Orkut?
Este ano o Orkut deixou de ser líder na Índia e a e.life acredita que em 2011 será a vez do Brasil de assistir o começo do êxodo dos usuários do Orkut para o Facebook. À medida que a plataforma de Zuckerberg avança no mundo, paralelo à crescente inclusão do Brasil em campanhas de marcas globais, mais consumidores se registarão no Facebook, levando em paralelo uma legião de amigos. O efeito será sentido pelo líder absoluto brasileiro nas redes sociais.
 
A ascensão do atendimento ao consumidor nas redes sociais
Na metade do ano 2000 áreas de atendimento das empresas viram o canal e-mail tornar-se um dos preferidos pelos consumidores. No início dessa nova década uma revolução nada silenciosa que começou com os blogs agora toma conta de cada pedaço do que se chamou mídia social. Milhões de brasileiros no próximo ano vão reclamar do banco, da companhia de telefone, do supermercado e de tantos outros serviços. A diferença é que no ano que vem muito mais empresas estarão “lá” para ouvi-los e atendê-los.

Marcas anunciam para os brasileiros no Twitter
Provavelmente já no segundo trimestre de 2011 agências brasileiras terão um novo desafio: criar microanúncios para o microblog que mais cresce no mundo. O Twitter ainda não revelou todos os detalhes de sua oferta de venda de publicidade. Entretanto, já se sabe que para cadastrar potenciais anunciantes, dois formatos estarão disponíveis: tweets patrocinados e trends patrocinados.
 
Websites irrelevantes
Com a migração das empresas para as redes sociais os sites corporativos e de produtos se tornarão cada vez mais irrelevantes e muitas empresas irão concentrar suas estratégias on-line em redes sociais mais populares – como Twitter e Facebook. A migração tornará mais fácil mensurar as estratégias digitais, mas em contrapartida as empresas precisarão estar mais dispostas ao diálogo. Caso contrário, crises nestes ambientes fechados serão mais frequentes. Algumas empresas não abandonarão seus sites corporativos, mas os tornarão mais conectados às redes sociais em 2011.
 
Insights em real time
As áreas de inteligência e as empresas de pesquisa de mercado irão finalmente descobrir as redes sociais, porém vão aprender rapidamente que elas requerem entregas de insights em tempo real, cada vez mais rápido. As redes sociais vão produzir um novo tipo de analista de mercado que precisará usar software que entregue insights em tempo real, como o e.life TweetMeter, por exemplo. Relatórios longos, de produção demorada e com periodicidades muito longas ficarão ultrapassados. A pesquisa precisará acompanhar o timing das redes sociais para entregar insights cada vez mais pontuais.
 
Foco maior no pré-compra
As empresas irão prestar mais atenção no comportamento de compra dos consumidores nas redes sociais, mapeando não apenas o pós-compra (a monitoraçao de buzz negativo), como acontece hoje, mas a intenção de compra da categoria ou de marcas. A monitoração da intenção de compra permitirá as empresas compreenderem quais os aspectos os consumidores mais valorizam na categoria, as percepções sobre cada marca e os influenciadores na decisão de compra (laços fortes, laços fracos, campanhas etc). Esta mudança de foco para o pré-compra criará, porém, a necessidade de associações de anunciantes e relacionamento com o consumidor produzirem um código de conduta para disciplinar a prospecção do consumidor nas redes sociais. Os dados de intenção de compra nas redes sociais também serão cruzados com outros dados, como vendas, visitas ao ponto de venda etc.
 
Fim das barreiras on-line/off-line
Algumas agências já derrubaram as paredes entre seus departamentos on-line e off-line. A mudança gerará uma onda de aquisições de agências on-line e a contratação de profissionais desta área vai crescer pelas agências tradicionais. Mas o mais importante será a chegada das redes sociais aos pontos de venda físicos. Aguarde desde a simples sinalização do Twitter oficial da empresa no ponto de venda a aplicativos que permitirão o relacionamento do consumidor quando ele estiver na loja física.
 
Agora somente com uma mão
Depois do touchscreen e o sucesso de smartphones e tablets, cada vez mais veremos dispositivos e ações com sensores de movimento. Desde aplicativos simples como web cam games, até ações mais sofisticadas utilizando tecnologias parecidas com o Kinect.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Baixa renda muda perfil de gastos no Natal

Roupas são presentes preferidos em todas as classes, mas eletrônicos se destacam para os emergentes

Rayane Marcolino, do
Rio de Janeiro - O comércio se anima com a chegada do Natal. Que as vendas de praticamente todos os setores aumenta é um fato histórico, mas se engana quem pensa que o crescimento da renda das classes mais baixas no país e o seu desejo por eletro-eletrônicos faz com que esses sejam os únicos produtos desejados. Nessa época em que muitas pessoas devem ser presenteadas, as roupas se destacam como os produtos mais vendidos.
“A classe A usa a roupa como forma de diferenciação. Mas para as classes D e E elas servem para que essas pessoas sejam aceitas em locais onde antes não eram”, afirma Renato Meirelles, Sócio Diretor do Data Popular. O instituto foi responsável por uma pesquisa que constatou que 83% das pessoas das classes D e E pretendem comprar roupa nesse fim de ano. Segundo outro estudo realizado pela GfK, envolvendo todas as classes, 56% dos brasileiros também comprarão produtos têxteis neste fim de ano.
Boa parte dos consumidores (39%) também pretende gastar mais em 2010 do que nos últimos três Natais. O valor médio é de R$ 364,00. Do total, 12% gastará até R$ 116,00, 13% de R$ 117,00 a R$ 232,00, 22%, de R$ 232,00 a R$ 580,00 e 16% acima de R$ 581,00. Boa parte desse dinheiro será gasto em lojas de departamentos e supermercados. Esses locais são os preferidos para 55% das pessoas por fazerem parte do dia a dia dos consumidores.

Brinquedos e eletrônicos aparecem logo depois das roupas
“As pessoas têm que ir aos supermercados toda semana, então fica mais fácil fazer as compras já ali”, afirma Antônio Perrella, Diretor de Atendimento a Clientes da GfK. Analisando por sexo, essas são as escolhas de 59% dos homens e 51% das mulheres. “Esse número é maior entre o sexo masculino porque eles preferem concentrar as suas compras”, conta Perrella. As lojas de rua aparecem em segundo lugar (17%) e são mais preferidas pelas mulheres (22%) do que pelos homens (12%).
Entre os outros produtos que serão cobiçados por todas as classes estão os brinquedos, com 25% das intenções de compra. Por outro lado, 21% dos consumidores não sabem que presentes comprar. Desses, 24% são homens e 18% mulheres. Mas quando se trata especificamente das classes D e E, aí sim os produtos eletrônicos aparecem logo depois das roupas.
“Essas preferências tem a ver com o fato de essas classes estarem começando a equipar as suas casas”, conta Meirelles, do Data Popular. Celulares aparecem em segundo lugar, com 36%, computadores em terceiro, com 29%, e TV com 26%. “Os computadores representam um investimento no aumento da renda da família”, diz o executivo.

Emergentes estão mais maduros
Mas não são só roupas e eletrônicos que caracterizam o consumo das classes D e E neste Natal. O aumento de renda desse consumidor se reflete também na ceia. “Assim como as roupas, a fartura nas mesas das classes mais baixas é uma forma de eles sentirem que não estão mais pobres”, conta Meirelles sobre o fato de a classe D já comprar 90% das categorias consumidas pela classe C e mais de 80% do que as classes A e B levam dos supermercados.
Além das compras, muitos consumidores das classes D e E aproveitarão o seu décimo terceiro salário para pagar dívidas. “Dos 17 milhões que essas pessoas injetarão no mercado, 40% serão para o pagamento de dívidas e 35% para as compras de Natal”, afirma Renato Meirelles. “Isso é um sinal muito importante de amadurecimento desse consumidor”, completa o sócio-diretor do Data Popular sobre o primeiro Natal em que a classe D aparece como segunda maior classe de massa, fato que promete mudar características não só dos próximos anos, mas de toda a economia brasileira.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Hypermarcas compra Mantecorp por R$2,5 bilhões

  • Aquisições
  • 20/12/2010 08:56

Com a operação, a empresa soma mais de 4 bilhões de reais investidos em novos ativos e marcas estratégicas em 2010

Alberto Alerigi Jr., da
 
São Paulo - A empresa de bens de consumo Hypermarcas reforçou sua presença no setor de medicamentos com a compra do laboratório brasileiro Mantecorp por 2,5 bilhões de reais em dinheiro e ações. A empresa, que nasceu em 2002 e cresceu via aquisições, agora foca em crescimento orgânico e integração das operações compradas.
Com a aquisição da Mantecorp, a Hypermarcas soma mais de 4 bilhões de reais investidos em novos ativos e marcas estratégicas em 2010, ampliando a participação dos negócios com saúde no bolo de receitas do grupo para 90 por cento, afirmou o presidente da companhia, Cláudio Bergamo.
"Hoje nossos esforços estão em sermos líderes no setor de saúde; alimentos e cuidado doméstico passam a não ser principais e vamos avaliar oportunidades em 2011", comentou o executivo em teleconferência com analistas nesta segunda-feira.
A compra da Mantecorp eleva a posição da Hypermarcas no Brasil de segundo para maior grupo nacional de medicamentos. A operação também faz a empresa crescer da quinta para a segunda posição no ranking geral da indústria farmacêutica, atrás da Sanofi.
A Hypermarcas vai pagar 600 milhões de reais à vista pela Mantecorp, dona de medicamentos como Polaramine, Quadriderm e Coristina. Além disso, a empresa emitirá cerca de 1,9 bilhão de reais em novas ações, tornando a Mantecorp subsidiária integral.
A expectativa da companhia é que a compra seja concluída em janeiro do próximo ano.
A Hypermarcas emitirá 78.013.947 ações para comprar 76,23 por cento da Mantecorp e os 23,77 por cento restantes serão comprados pelos 600 milhões de reais. Às 16h01, as ações da Hypermarcas exibiam queda de 5 por cento, cotadas a 23,43 reais. Segundo os executivos, não haverá ajustes no volume de ações a ser emitido para pagar a aquisição.
Bergamo comentou que a intenção da família controladora da Mantecorp é manter as ações da Hypermarcas após a venda de sua companhia. "Eles esperam ficar com as ações, mantendo num fundo (...) querem participar do crescimento do mercado farmacêutico do país".
Após a operação, o volume de ações em circulação da Hypermarcas no mercado crescerá de 50 para 56,2 por cento. Enquanto isso, a participação dos acionistas controladores cairá de 49,9 para 43,8 por cento.
Com a aquisição da Mantecorp, a Hypermarcas ingressa no mercado de dermocosméticos com produtos na área de proteção solar e hidratante. A empresa, que em cerca de 9 anos de operação contabiliza mais de 30 aquisições, torna-se também principal fornecedor para farmácias do país.
Em 2010, a Mantecorp contabiliza receita líquida de 572 milhões de reais, com margem bruta de 65 por cento. Em 2011, a empresa deverá ser mantida como negócio independente do grupo de bens de consumo, com uma integração ocorrendo depois disso. Segundo Bergamo, a Hypermarcas não tem intenção de apressar a integração da Mantecorp, que tem cerca de 1.500 funcionários.
A Hypermarcas afirma que enxerga "múltiplas sinergias operacionais em várias frentes", entre elas equipes de vendas a farmácias e de visitas a médicos. Além disso, a companhia pretende lançar produtos da Neo Química -- laboratório comprado no final de 2009 por 1,3 bilhão de reais-- com a marca da Mantecorp.
Em novembro, o grupo de bens de consumo anunciou três aquisições, totalizando 251,5 milhões de reais.

sábado, 18 de dezembro de 2010

Festa de Final de Ano da CDL - BH

Aconteceu, ontem, a festa de Final de Ano da CDL - BH, com bufet da Célia Souto Maior, regado à Próseco italiano, cerveja e coquetéis. A festa foi prestigiada pela maioria dos funcionários da entidade.
Parabéns à CDL - BH pelos seus 50 anos de trabalho em pról do comércio de Belo Horizonte!!!

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

O Problema é a Velocidade

Alvin Toffler, em seu livro A terceira onda (Ed. Record), explica que a humanidade evolui por meio de grandes ondas de mudanças. Cada uma, como ele afirma, “obliterando extensamente culturas ou civilizações e substituindo-as por modos de vida inconcebíveis para os que vieram antes”.

A primeira onda foi a Revolução Agrícola, iniciada há cerca de 10 mil anos. A segunda foi a Revolução Industrial, há cerca de 300 anos – e ainda vivemos, por assim dizer, sua ressaca. A terceira onda, também conhecida como a Era da Informação e do Conhecimento, é a onda em que estamos. Ela inova métodos de produção, democratiza o conhecimento, aproxima países e culturas, afeta valores e modifica percepções.

Na busca de uma visão simplista para um mundo dinâmico e complexo, e usando como base o livro O verdadeiro, o belo e o bom (Ed. Objetiva), do psicólogo Howard Gardner, é possível reduzir os impactos dessa revolução em cinco grandes forças, as quais descrevo resumidamente a seguir:

Forças tecnológicas – Já podemos receber e-mails, fotografar, fazer compras e acessar os sites mais diversos na telinha de um celular. No Brasil, em 1993, existiam 10 canais de TV. Hoje, são mais de 100. O rádio demorou 30 anos para estar em 50 milhões de lares; a televisão, 15 anos; a TV a cabo, 10 anos; a internet, apenas 5 anos! Nem vou falar da genética, da física, etc.

Forças políticas – Vivemos um período de transição na geopolítica mundial. Não existem mais países bons ou maus, esquerda ou direita. Depois da queda do Muro de Berlim e do 11 de Setembro norte-americano, classificar tendências nessa área tornou-se arriscado. “Ideologia, eu quero uma pra viver”, dizia Cazuza. É a hora da tal Terceira Via, uma aproximação entre o neoliberalismo e o socialismo de resultados. E, é claro, todos são contra o terrorismo.

Forças econômicas – A força do mercado nunca foi tão poderosa como é hoje. Ela aglutina grupos sociais em tribos, que se diferenciam pelas marcas. É como se religiões fossem substituídas por cultos à imagem e à posse de bens. Ter é ser. Além disso, empresas tornam-se maiores que países, por exemplo: a rede de supermercados Walmart tem um faturamento que a coloca entre as 20 maiores economias do mundo e a Avon emprega mais pessoas que a população do Uruguai.

Forças sociais, culturais e pessoais – Será cada vez mais difícil uma cultura viver isolada. E, quanto maior for a mistura cultural, mais difícil será marginalizar um vasto setor da humanidade com base na cor da pele, credo ou orientação sexual. Há cada vez mais casais se divorciando e, em cerca de 30% dos lares brasileiros, a mulher é a provedora. Vive-se mais e com melhor qualidade. O ambiente de trabalho mudará muito nos próximos anos. Ainda há ecologia, sustentabilidade, alimentação, geração Y, Barack Obama e sabe-se lá mais o quê.

Força do conhecimento – A última força, mas não menos importante: a cambiante cartografia do conhecimento. Sempre haverá um aumento da informação disponível. No entanto, até pouco tempo, isso era gradual. Existem estudos que indicam que a soma da informação do mundo dobra a cada 80 dias. Uma edição dominical do The New York Times contém mais informações que uma pessoa do século 17 poderia acessar ao longo de toda sua vida! Diante disso, as pessoas são cada vez mais educadas para pensar de maneira pictórica.

Sinceramente, você poderia imaginar tudo isso acontecendo no curto espaço de 20 anos, o tempo de uma geração? A primeira onda, do Senhor Toffler, durou quase 10 mil anos. A segunda, cerca de 300 anos. A última ainda está no início – foi identificada por Toffler na década de 80 do século passado – e os avanços se multiplicam espantosamente, a uma velocidade exponencial.

O problema é a velocidade – você, sua empresa, sua equipe e seus clientes estão no meio disso tudo.

Um grande abraço e até a próxima semana,

Júlio Clebsch
Gerente editorial da revista Liderança
julio@lideraonline.com.br

domingo, 12 de dezembro de 2010

O Natal mais democrático, caro - e endividado - da história

Pela primeira vez, brasileiros de diferentes faixas de renda podem comprar produtos
similares nas lojas. Mas até que ponto essa conquista é sustentável?
O aposentado Vicente Nunes, de 74 anos, tem uma renda mensal de 1.200 reais e
acaba de se presentear neste Natal com uma TV de LED de 32 polegadas que custa 2.700 reais. O
chefe de pizzaria Evanildo Damaceno de Souza, de 27 anos, utilizou parte de seu salário de 4.000
reais para comprar um refrigerador de 2.100 reais. Já a bacharel em Direito Andrea de Faria, de 23
anos, não trabalha e pertence a uma família de classe média alta, com renda superior a 10.000
reais. Entre suas compras de fim de ano está o iPad, o desejado tablet da Apple, que lhe custou
2.336 reais à vista. Se, na prática, os três têm pouco em comum, seu padrão consumo não deixa de
ter ligação. Em um Brasil de crédito abundante, salários em ascensão e maior estabilidade no
emprego, consumidores se entregam a extravagâncias. Muitos entrarão em 2011 às voltas com
dívidas que talvez não possam administrar.
Um estudo do Provar sobre intenções de compra de brasileiros das classes A, B, C e D no Natal
traz números reveladores. Em todas as faixas de renda, o desejo de adquirir aparelhos celulares,
sobretudo smartphones, é igual – próxima a 10%. Em relação aos eletroeletrônicos, cerca de 13%
dos entrevistados da classe D declararam interesse em obter tais produtos neste final de ano. Nos
segmentos B e C, essa proporção era de, respectivamente, 17% e 10%. "As pessoas estão fazendo
o possível para comprar lançamentos de eletroeletrônicos, parcelando tudo no cartão de crédito.
Poucos produtos, como a TV 3D, por exemplo, ainda não são acessíveis às classes C e D", afirma
Ana Caroline Fernandes, coordenadora do Grupo de Prevenção de Perdas do Provar, o Programa
de Administração de Varejo da Fundação Instituto de Administração (FIA).
A ascensão da classe C – segmento que, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), compreende
os indivíduos com renda entre 1.200 e 4.800 reais – ao mundo do consumo já não é propriamente
uma novidade. São 30 milhões de brasileiros que, nos últimos anos, saíram da pobreza e agora
podem comprar bens e serviços além da subsistência. Ao crescimento da renda, contudo, cresce
também o grau de endividamento da população - e dessa parcela, em especial. Segundo dados do
Índice de Expectativas das Famílias (IEF), divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
(Ipea), o valor médio da dívida das famílias aumentou 11% em novembro sobre o mês anterior,
passando a 4.680 reais.
Vicente Nunes, que comprometeu mais do que o dobro de sua renda mensal com a TV de LED, é
exemplo disso. Ele parcelou o produto em três pagamentos de 900 reais, dos quais pagará apenas
metade. "Meu filho irá quitar o restante. Preciso economizar para reformar a casa", afirma o
aposentado. Ainda que pague parcelas de 450 reais, compromete nada menos que 37% de seu
orçamento só com a TV.
Crédito farto – Recorrer ao crédito para realizar os desejos de consumo não é algo recriminável.
Ao contrário. Brasileiros sempre precisaram, em sua maioria, financiar imóveis, automóveis e outros
produtos de alto valor. Para bens mais baratos, o cheque pré-datado reinava antes do surgimento
do cartão de crédito. "O problema é que, agora, muitos brasileiros somam o crédito à sua renda
real. E só se consideram endividados quanto o salário não é suficiente para pagar as parcelas",
afirma Keyler Carvalho, professor de finanças da Faculdade de Economia, Administração e
Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP).
A busca por crédito cresceu 6,2% e bateu novo recorde em novembro, segundo a Serasa Experian.
Entre os consumidores com remuneração próxima a 500 reais, a expansão foi ainda maior: 8,6%
em relação a outubro. Foi justamente o crédito que moveu o chefe de pizzaria Evanildo Damaceno
de Souza a comprometer parte de seu orçamento para pagar o refrigerador de duas portas. Com
salário de 4.000 reais, ele dividiu a compra em seis parcelas de 350 reais e afirma que, apesar do
presentão, está gastando menos neste Natal. "Meu bolso está mais fechado", garante.
Perspectiva de mudança – O próximo ano, contudo, pode trazer mudanças importantes. As
medidas anunciadas em dezembro pelo Banco Central com o objetivo de desestimular o mercado
de crédito e o consumo, na esperança de reduzir a inflação – que acumula alta de 5,25% no ano –
poderão frear momentaneamente a vontade (e a possibilidade) de comprar dos brasileiros. O
aumento do valor do pagamento mínimo do cartão de crédito de 10% para 15% do total da fatura
também vai nessa direção.
Entretanto, o perfil de consumo nem sempre consciente e a pouca disposição para poupança
parecem, de fato, ter sido instaurado na cultura da classe ascendente. "É preciso educação
financeira; coisa que o brasileiro não tem. Enquanto ele não tiver essa consciência do que é a
renda e o que é o crédito, continuará vivendo para pagar juros e não irá poupar", afirma Carvalho.

Ana Clara Costa, de São Paulo - 
http://exame.abril.com.br/noticia/o-natal-mais-democratico-caro-... 12/12/10 17:13

sábado, 11 de dezembro de 2010

É Preferível Perder a Venda, do Que o Cliente

É preciso, com urgência, mudar o foco das vendas do produto para o cliente e as necessidades dele, principalmente em relação à fidelização e satisfação. Esse foi um dos principais conselhos que cerca de quarenta comerciários e quatro empresários receberam durante o curso de Técnicas de Vendas, que a CDL-Betim ofereceu de 8 a 11 de novembro em sua sede.
O instrutor é um expert parceiro da entidade lojista desde 2006: José Luciano Furtado.

Ele é MBA em Gestão Estratégica de Varejo e professor da Faculdade de Tecnologia do Comércio (Fatec), em Belo Horizonte, além de consultor do Sebrae-MG e do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac).
“Hoje a oferta está maior que a procura e, por isso, temos que trabalhar em cima do relacionamento com o cliente”, afirma o expert em Técnicas de Vendas. 

“É preferível perder a venda que perder um cliente a longo prazo”. Essa foi uma das recomendações dadas na parte expositiva do curso, que incluiu exercícios simulados de planejamento de vendas. 
Não é à toa que uma das mensagens que a Peça A Loja – que a CDL-Betim apresentou na cidade no dia 28 de outubro deste ano – deixa que a ética ajuda a fidelizar clientes.
Na outra parte do treinamento, os participantes formaram grupos. Cada agremiação recebeu o mesmo produto e teve que vendê-lo aos demais, que agiam como consumidores exigentes. “O grupo que consegue estabelecer mais valor para o produto acaba ganhando”, conta José Luciano. 

“Dessa maneira, fica claro para todos que o diferencial competitivo é o atendimento”.
O professor contou que os participantes do curso da CDL-Betim foram excelentes e muito interessados. José Luciano destacou o fato de quatro empresários também terem participado do curso, além de suas equipes de vendas. De acordo com ele, isso é o ideal.
“Muitas vezes os vendedores saem daqui com novas ideias, mas não conseguem colocar todas em prática”, explica o MBA. 

“O chefe, sabendo dessas ideias e onde elas se baseiam, pode facilitar muitas coisas”.
“É preferível perder a venda do que um cliente a longo prazo”
Em curso da CDL-Betim, especialista recomenda: "o lucro deve vir da satisfação plena do consumidor".



Jornal da CDL - Betim; dez/2010
www.cdlbetim.com.br

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Planejar é Preciso

Em 1886, um alemão de nome Daimler, na tentativa de convencer seus colegas de trabalho sobre a viabilidade de investir em um novo negócio (automóveis), previu de maneira otimista o potencial de consumo desse produto em 1 milhão de unidades. Em 1997, segundo a The economist, era cerca de 600 milhões o total de automóveis circulando pelo mundo! Uma rápida nota: Daimler, mais tarde, associou-se ao Senhor Benz e, juntos, fundaram a Mercedes-Benz. Claro, venderam bem mais que o 1 milhão imaginado.

O erro – saudável – do Senhor Daimler é entendido por uma época na qual a informação e o conhecimento circulavam a uma velocidade infinitamente menor que hoje. Atualmente, uma projeção “furada” como essa seria, para ser coerente com o negócio de transportes, atropelada pela concorrência.

Assim será o futuro: cada vez mais cheio de surpresas e fatos inesperados, mas para os quais nós devemos estar preparados. Nos EUA, existem algumas pesquisas que sinalizam o pequeno comprometimento das pessoas (40%) em analisar, conhecer e pesquisar o ambiente no qual se encontram. Algo como “olhar a vida da porta da rua para fora”. Desses 40%, apenas 30% analisa as perspectivas desse ambiente no médio e longo prazos. Logo, temos a seguinte equação:
(40% x 30%) = 12%

Ou seja, apenas 12% das pessoas, nos EUA, dedicam parte de seu tempo para pensar sobre o que vem por aí. Não acho que as coisas sejam muito diferentes no Brasil. Muito pelo contrário. Em um país imediatista (em parte, por necessidade), no qual as pessoas estão mais preocupadas com o fim do mês que com o fim do ano, a próxima década ou o fim dos tempos, esses porcentuais devem ser bem menores.

Jim Collins, em recente entrevista à revista Veja, afirmou: “Existem várias forças que contribuem para a instabilidade. O mundo está mais complexo e interdependente. As empresas não são as únicas forças globalizantes... Temos ainda a marcha contínua da mudança tecnológica na medicina, na eletrônica, na bioengenharia, na computação, criando coisas que nem imaginamos...”.

De maneira geral, classifico em cinco as grandes forças que estão afetando o nosso mundo:
Tecnológica.
Política.
Econômica.
Sociocultural.
Conhecimento.

Júlio Clebsch
Gerente editorial da revista Liderança
julio@lideraonline.com.br

SER PROFESSOR, SER PROFESSORA - Carta da Diretoria do Izabela Hendrix, pelo assassinato do Prof. Kássio Vinícius Castro Gomes

O que leva um rapaz ou moça a escolher a carreira de professor?  Certamente a ambição de ser rico, de ter uma vida de luxo, de abastança, não é? Não!, não é isto que move o desejo de ser professor ou professora.
Ser professor ou professora é acreditar na humanidade, é gostar das pessoas, é querer vê-las crescendo, amadurecendo, evoluindo, convivendo para o pleno exercício da vida social, da cidadania. 
Ser professora ou professor é a alegria de compartilhar o conhecimento, de discutir com seus alunos os valores da existência, do preparo para a vida, de ver brotar sentimentos de justiça, de solidariedade, de fraternidade, de companheirismo, de amizade. 
Ser professor ou professora é, muitas vezes, completar os laços da família, é ser paizão ou mãezona dos alunos, quando alguns se desencorajam, fraquejam com as lutas da vida e as dificuldades de se buscar um espaço digno de trabalho na sociedade, ou mesmo ser disciplinador em momentos de manifesta imaturidade. 
Ser professora ou professor é estar na frente de luta pela consciência da realidade social, no esforço de ajudar as pessoas a se formar, a se construir, e que, coletivamente, contribuam para uma sociedade melhor.
Kássio Vinícius Castro Gomes, em pleno exercício de seu ministério social — mochila nas costas, um montão de provas recém aplicadas, a conferir o seu próprio trabalho — é atingido pela faceta mais sombria que oprime o ser humano e sua humanidade: o ódio, a intolerância, o menosprezo da convivência pacífica, o desrespeito à vida, ceifando de nosso convívio um soldado da cidadania.
Perdemos nosso querido colega, mas este ato violento não nos ceifará a consciência da dignidade, da cidadania engajada, da nossa crença nos valores mais sublimes da humanidade.  Continuamos no nosso mister, de uma comunidade que aprende a aprender, que crê na inclusão de todas as pessoas no processo de vida comunitária em que prevaleçam a justiça, a solidariedade e a fraternidade.


É nisto que cremos e por isso continuamos nossa luta...

Belo Horizonte, 08.12.10



Davi Ferreira Barros                             Márcio de Moraes
Reitor                                                    Diretor Geral

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Telefonia Móvel - Relacionamento Zero

Na semana passada venceu meu contrato com a operadora VIVO, da qual sou cliente há mais de 5 anos. Procurei sua loja, na Praça da Savassi, para saber o que eles tinham a me oferecer, para que não migrasse para a TIM, já que, toda a minha família, esposa, filhas e genros, haviam migrado.
Disseram que eu não teria nenhuma oferta, exceto os planos vingentes.
Como a resposta foi negativa e a TIM ofereceu propostas tentadoras, fui à sua loja, que fica ao lado, e pedi a minha portabilidade. Assim que a atendente da TIM, apertou o botão do computador confirmando a portabilidade, recebi uma mensagem da VIVO, pelo celular, falando que não queriam me perder e solicitando que ligasse para o setor de relacionamento. Assim o fiz. A atendente me ofereceu 25% de desconto nas minhas tarifas, além de um aparelho. Perguntei porque não me ofereceram quando fui renovar o contrato. Ela disse que: só oferecem estas vantagens, para o cliente que cumprir a promessa de migração e que, os atendentes da loja, não têm esta informação. Expliquei que a empresa tinha acabado de perder um cliente, fiel há 5 anos, além da sua família, num total de 6 assinantes, pois já havia assumido um compromisso com a concorrente e não voltaria atrás na minha decisão. Agradeci e desliguei o telefone.
Até quando estas empresas vão perder dinheiro, neste turnover de clientes? Será que, para eles, é mais vantajoso aplicar dinheiro em promoções para atrair novos clientes, do que no relacionamento com seus clientes antigos?
Se existe algum tipo de vantagem nesta estratégia, gostaria de saber, pois quem sabe está surgindo uma nova teoria de Marketing, que ainda não ouvi falar!

 José Luciano Silveira Furtado

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Shoppings, lá vamos nós - Revista Viver Brasil

Ampliações, novos empreendimentos, lojas e momento favorável da economia devem levar uma multidão aos centros de compras da capital mineira neste final de ano

Texto: Ana Arsênio e Renata Galdino | Fotos: Pedro Vilela e Daniel de Cerqueira

Este pode ser o Natal mais gordo dos últimos anos para os shoppings mineiros. Economia aquecida, aumento da massa salarial, praticidade, horário flexível e ampliações dos espaços e do mix de produtos são as apostas dos empreendimentos para vender até 40% a mais comparado ao mesmo período de 2009. Para atrair os clientes, os shoppings da capital não economizaram nas campanhas promocionais e na decoração. A expectativa é de que o fluxo de clientes tenha alta de até 32% nestes centros comerciais durante o período natalino. E a aposta foi alta, principalmente com os sorteios de prêmios: mais de 8,3 milhões de reais investidos pelos principais shoppings.
O BH Shopping é um exemplo dos que não pouparam no investimento: 2,4 milhões de reais, o maior feito pelos centros de compra da capital. O montante, no qual estão incluídos os valores da decoração do espaço, divulgação na mídia e premiações, representa 400 mil reais a mais que o aplicado em 2009, quando o shopping comemorou 30 anos. A quinta expansão, inaugurada no final de setembro, é outra aposta. O acréscimo de 80 novas lojas deve, de acordo com o superintendente, Durleno Rezende, elevar as vendas de Natal em até 40% em comparação ao ano passado. O fluxo de pessoas neste período deve ter alta de 20%. “Além do momento econômico favorável, nossa recente expansão já apresenta ótimos resultados de venda e tráfego. Não há dúvida de que o varejo terá um Natal inigualável”, afirma. A partir do dia 26 de novembro, o shopping terá o horário de funcionamento ampliado para receber os clientes.


A premiação do BH Shopping também promete levar milhares de pessoas às compras. Nada menos do que cinco carros BMW 320i, no valor de 114 mil reais cada, serão sorteados até 26 de dezembro. A decoração do espaço é outra aposta para atrair consumidores. E ela promete não somente agradar às crianças (que adoram tirar fotos ao lado do Papai Noel) como também aos adultos. Assinada pelo Studio Conceição Cipolatti e com o tema Papai Noel pelo Mundo, traz papais noéis em tamanho natural representando o Bom Velhinho das culturas da Alemanha, Inglaterra, Europa Medieval, América do Norte, Turquia, Rússia, Noruega e Brasil. Ao lado deles, um livro eletrônico conta a história da figura mais amada das festas de final de ano em seu país ou continente de origem. “Escolhemos uma decoração que mostra a cultura do Natal ao redor do mundo, explorando a diversidade e a riqueza desta que é uma das maiores festas do mundo”, diz a gerente de marketing do BH Shopping, Lívia Paolucci.
Sérgio Magalhães: números não surpreendem


Em seu primeiro ano de atuação em Belo Horizonte, o Boulevard Shopping também não economizou e investiu 1,5 milhão de reais na campanha de Natal. Aproveitando a inauguração recente, que está atraindo cerca de 50 mil pessoas diariamente ao local, a previsão, com a proximidade do Natal, é de um acréscimo de 15% no público durante a semana e de 20% nos sábados e domingos. “Os números não surpreendem, pois havia grande expectativa em relação à chegada do shopping”, afirma o superintendente do empreendimento, Sérgio Magalhães. Para quem fizer compras no Boulevard, cupons para concorrer a três carros importados: um Minicooper Chilli, uma BMW 320i e uma Mercedes 180 K, nos dias 10, 17 e 24 de dezembro. “A decoração faz uma homenagem aos mineiros, bem ao estilo barroco. Sabemos que muitas pessoas vão aos shop­pings para apreciar a decoração e aproveitam para fazer compras”, diz a gerente de marketing Carolina Galhanone.
Papai Noel no Boulevard Shopping


A aposta do Shopping Cidade, no centro, está sendo a campanha Amigo Oculto Virtual. Com investimentos de 500 mil reais (no ano passado foram 380 mil), a superintendente do local, Luciane Starling, pretende promover o maior amigo oculto da cidade. “Este é o verdadeiro espírito de Natal”, afirma. Para participar, o internauta se cadastra no hot site da campanha do Shopping Cidade até 9 de dezembro. Neste dia, serão sorteadas duplas que irão para um ranking. Nelas poderão votar os internautas de qualquer lugar. A proposta é que essas pessoas não sejam conhecidas, promovendo a amizade entre elas. Os que receberem mais votos serão premiados nas lojas indicadas pela administração do shopping. “Serão viagens, óculos, bonés, calçados, roupas. Uma infinidade de prêmios”, diz Luciane Starling. Já os clientes reais concorrem a três carros da Fiat a cada 300 reais em compras. Mesmo com o espaço físico em obras – a expansão do shopping prossegue até o próximo ano –, a administração não deixou por menos na decoração. “É pop art, bem alegre e jovem, nos tons do verão”, conta.
Enfeites de natal no BH Shopping


Comemorando a ampliação do shopping com 14 novas lojas, o Pátio Savassi trouxe o tema Flores Flashion e investimentos de 923 mil reais para a campanha natalina, montante 7,9% maior que em 2009. Segundo Rejane Duarte, gerente de marketing do Pátio, o fim do ano deve proporcionar aumento de 9% no fluxo de pessoas em relação a 2009. A previsão é que as vendas sigam o ritmo e fechem o período registrando expansão de 15% no comparativo com o ano passado. Diariamente, os clientes estão concorrendo a um notebook e, no dia 30 de dezembro, a dois carros importados. “A melhoria na infraestrutura e os prêmios são a grande aposta deste Natal”, afirma Rejane Duarte.
Sílvia Veiga:  “Os shoppings oferecem segurança”


Também na região Centro-Sul da capital, o DiamondMall, no bairro de Lourdes, espera vender 20% a mais que o Natal de 2009 e receber 5% a mais de clientes. Para isso, 1,5 milhão de reais foi investido na campanha de marketing com o sorteio de dois Freelander Sport, da Land Rover, e mais quatro vale-compras de 20 mil reais. A gerente de marketing do Diamond, Flávia Louzada, também incrementou na decoração e destaca apresentações gratuitas de corais natalinos. “Pensamos em agradar aos clientes de todas as formas: com ótimas promoções, decoração incrível e uma programação que tem tudo a ver com o Natal”, diz. Os corais estão se apresentando nas quartas-feiras, às 19h30. No dia 1º de dezembro, está agendado o Coral Khronos. Nos dias 8 e 15, respectivamente, os corais Imprensa Oficial e do Hemominas.
Bh Shopping: previsão de aumentar o fluxo de clientes em 20%


FRASE: “A melhoria na infraestrutura e os prêmios são a grande aposta deste Natal” Rejane Duarte
Bastante otimista com as vendas também está a gerente de marketing do Minas Shopping, na região Nordeste de Belo Horizonte, Lucy Jardim. A expectativa é de crescimento de 32% no fluxo de pessoas na casa, saltando de 30 mil registrado nos dias normais para 70 mil no período do Natal. Os lojistas esperam vender 25% a mais que no Natal de 2009. Para atrair clientes, a campanha promocional do Minas Shopping recebeu investimentos de 800 mil reais, mesmo valor do ano passado. Os 34 notebooks sorteados diariamente até 24 de dezembro são o principal atrativo. “A premiação foi definida a partir de pesquisa realizada com o próprio consumidor pelo Setor de Atendimento ao Cliente (SAC), que apontou preferir vários prêmios para ter mais chance de ganhar”, explica Lucy Jardim.
Luciane Starling: “É bem alegre, jovem


Na decoração, o shop­ping trouxe ambientação resgatando o clima bucólico da data, com troncos de madeira, ramos e galhos secos. Com o tema Natal Camponês, o cenário de 170 metros quadrados apresenta trenós, renas e carriolas no meio de um bosque de pinheiros. A decoração externa também chama a atenção. Durante o dia, estrelas aparecerão verdes com faixas vermelhas. Já à noite, elas serão iluminadas com microlâmpadas.
Na região Noroeste de Belo Horizonte, o Natal Lollypop do Shopping Del Rey, voltado para o universo lúdico das crianças, deve registrar aumento de até 20% nas vendas e 5% de público, ante 2009. “Foram investidos 700 mil reais, 15% a mais que no ano passado, e estamos apostando no sorteio de um carro Xsara Picasso e prêmios instantâneos diariamente”, diz a coordenadora de marketing Andréa Fernandes. Na decoração, árvores, guirlandas e festões ganharam milhares de enfeites em forma de pirulitos, bonecos de biscoito e pão de mel. “Os pais levam as crianças e aproveitam para fazer as compras”, observa.
Carros que serão sorteados no DiamondMall


O Itaú Power Shopping, localizado no Cidade Industrial, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, também não poupou neste Natal. Foram investidos 900 mil reais em mídia, decoração e promoções. A cada 400 reais em compras, o consumidor ganha um cupom para participar do sorteio de um automóveil Kia Sorento. O ganhador será conhecido no dia 3 de janeiro. A administração do shopping espera crescimento de 20% nas vendas e 10% de público, comparados a 2009.
O otimismo nas vendas neste Natal também é compartilhado pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce). Levantamento realizado pela entidade aponta que os 401 shoppings em operação no Brasil devem registrar aumento médio de 15% nas vendas para o Natal, em comparação ao mesmo período de 2009. “Enquanto o Brasil continuar crescendo, os shoppings apresentarão bons resultados”, afirma Luiz Fernando Veiga, presidente da Abrasce. A expectativa é baseada no acumulado janeiro/setembro de 2010, quando as vendas nos shoppings brasileiros aumentaram 14%.
A advogada Juliana Gaspar é frequentadora assídua de shoppings e nem se importaria se estes locais não oferecessem prêmios no Natal. Neste período, ela pretende engrossar as expectativas de aumento do fluxo e de vendas. “Tem lugar melhor para, no período de chuvas, você parar o carro no estacionamento e não se molhar?”, afirma. Além disso, a praticidade de terem praças de alimentação e várias lojas concentradas num mesmo local são atrativos para ela e o marido, o diretor da Net-BH, Carlos Valle. “Ele não gosta de tumulto. Por isso, procuramos sempre ir bem antes do Natal para comprar os presentes.”


Outro fator que vai levar Juliana aos shoppings neste final de ano é a oportunidade de comprar em lojas que vieram de São Paulo e do Rio de Janeiro, e que vendem produtos para a casa. “Morei muito tempo em Campinas (SP) e acostumei comprar nestas lojas. Com a ampliação de alguns shop­pings e inauguração de outros, como o Boulevard, várias delas vieram para Belo Horizonte”, observa a advogada. “Sem falar na decoração. Ela é sempre um atrativo para ir ao shopping no Natal”, diz.
A psicóloga Sílvia Veiga faz coro com Juliana Gaspar. “Os shoppings oferecem segurança, são práticos, têm horários flexíveis.” Sílvia comemora a chegada do Boulevard em outubro deste ano. “Agora bem pertinho de casa, vou fazer as compras por aqui mesmo”, revela a psicóloga.


BH Shopping:
  • Prêmios: 5 carros BMW 320i
  • Como concorrer: Um cupom a cada R$ 400 em compras (pagamento com cartão Mastercard dá direito a mais dois cupons)
  • Quando acontecem os sorteios: Um por semana até 26 de dezembro
Boulevard Shopping:
  • Prêmios: Três carros importados (um Minicooper Chilli, uma BMW 320i e uma Mercedes 180 K)
  • Como concorrer: Um cupom a cada R$ 400 em compras (quem pagar com cartões das bandeiras aceitas pela máquina da Cielo receberá um cupom extra) 
  • Quando acontecem os sorteios: 10, 17 e 24 de dezembro
DiamondMall:
  • Prêmios: Dois Freelander Sport e quatro vale-compras de R$ 20 mil
  • Como concorrer: Um cupom a cada R$ 400 em compras (mais dois cupons para quem pagar com cartões MasterCard) 
  • Quando acontecem os sorteios: 24 de dezembro
Itaú Power Shopping:
  • Prêmios: Um automóvel Kia Sorento
  • Como concorrer: A cada R$ 400 em compras efetuadas entre 31 de outubro e 2 de janeiro dá direito a um cupom. Se o cliente utilizar cartão Visa no pagamento receberá três cupons
  • Quando acontecem os sorteios: 3 de janeiro
Minas Shopping:
  • Prêmios: 34 notebooks
  • Como concorrer: Um cupom a cada R$ 300 em compras (mais três cupons para quem pagar as compras com cartões Visa)
  • Quando acontecem os sorteios: Um notebook por dia a partir do 1º. De 15 a 24, serão dois sorteios diários
Pátio Savassi:
  • Prêmios: Dois carros Hyundai ix35, um mini-notebook Sony Vaio 120 por dia
  • Como concorrer: Um cupom a cada R$ 400 reais em compras (mais três cupons utilizando cartão Mastercard)
  • Quando acontecem os sorteios: Os carros no dia 30 de dezembro
Shopping Cidade:
  • Prêmios: Um Fiat Uno, um Fiat Ideia, um Fiat Línea
  • Como concorrer: Um cupom a cada R$ 300 em compras (mais três cupons se o pagamento das compras for feito com a bandeira Visa)
  • Quando acontecem os sorteios: 24 e 31 de dezembro e 9 de janeiro
Shopping Del Rey:
  • Prêmios: Um carro Xsara Picasso e prêmios instantâneos (games para computador, porta-retrato digital, câmera aquática descartável, relógio de pulso, travesseiro de viagem, bolsa-toalha e almofadas)
  • Como concorrer: Dois cupons a cada R$ 250 em compras – um para concorrer ao carro e outro para os prêmios instantâneos (mais três cupons para quem pagar com cartões Mastercard)
  • Quando acontecem os sorteios: 24 de dezembro. Os prêmios instantâneos são diariamente

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Aprendizado Profissional no Varejo

É indiscutível o papel do aprendizado dentro das empresas. Na era digital, em que o acesso à informação está democratizado, o desenvolvimento das pessoas passa a ser preocupação constante das empresas que precisam inovar e se reinventar a todo o momento em um mercado competitivo. Mais do que tecnologia ou infraestrutura, o momento pede pensar diferente e, para isso, as pessoas ocupam cada vez mais o centro dos investimentos dessas empresas. Mesmo no varejo, segmento que traz em si problemáticas únicas em desenvolvimento de pessoas (alto turnover, grande massa de trabalhadores, baixa instrução etc.), algumas notáveis tentativas em aprendizagem organizacional já há alguns anos surgem como referências nacionais e internacionais.

Diante disso, a aprendizagem individual dentro do contexto empresarial leva às pessoas mais oportunidades de contribuir ao negócio, com ações que visam ampliação de visão, autoconhecimento, conhecimento técnico e formação de novas habilidades. Os responsáveis por esse investimento são os líderes, mas essa gestão usualmente está concentrada nas mãos das divisões de Treinamento & Desenvolvimento, que ganharam novos nomes nos últimos anos, como Gestão de Talentos ou Desenvolvimento Organizacional. Independentemente de como se chamam, essas áreas centralizam as ações de desenvolvimento de pessoas dentro das empresas e, com novas responsabilidades e status dentro da estrutura organizacional, têm passado também por grandes transformações.

Dentre as mais importantes, está a profissionalização da divisão de T&D, na qual a área passa a ser vista como um verdadeiro negócio dentro da empresa, responsável por atuar estrategicamente, executar ações e medir impactos. As Universidades Corporativas autogeridas, com braços de prospecção de recursos e relativa autonomia, são o extremo dessa mudança – mesmo que muito menos presentes e atuantes no varejo do que em segmentos como farma e financeiro. Uma exceção é a Universidade do Hambúrguer, do McDonald’s, com quase 50 anos de história e investimentos de US$ 7 milhões só no Brasil. No cenário do varejo nacional, alternativas às Universidades Corporativas surgem com mais frequência. A TV Luiza, canal de comunicação que une as lojas do Magazine Luiza, é uma das maiores TVs Corporativas do Brasil, com ações contínuas de desenvolvimento e alinhamento da rede.

Com novas exigências dentro das empresas, as divisões de T&D transformam-se nos mais diferentes níveis organizacionais:

1) Nível Estratégico: Alinhamento.

O primeiro nível, com certeza, é a aproximação sólida da área às estratégias organizacionais, fazendo com que ela mude seu status de área de apoio e atue alinhada às expectativas de crescimento do negócio. Novas competências são aqui exigidas, como visão ampliada do segmento de varejo (transformação no que as pessoas aprendem hoje) e antecipação a tendências de mercado (transformação no que as pessoas aprenderão no futuro).

2) Nível Tático: Aprimoramento.
O desafio de reinventar a gestão do desenvolvimento está em abrir espaço para novos canais e formatos de aprendizagem, ultrapassando as barreiras do ceticismo diante de alternativas menos conservadoras de aprendizagem. A inovação tecnológica e as novas gerações possibilitam que a divisão de T&D das empresas utilize Ensino à Distância, programas de relacionamento com colaboradores, redes sociais e as mais diferentes formas de mídia para capacitar e desenvolver pessoas.

3) Nível Operacional: Entrega.
Garantir eficiência no desenvolvimento está cada vez mais relacionado a gerar lucratividade e, para isso, saber medir o impacto das ações de treinamento torna-se crucial. O segmento de varejo do Itaú-Unibanco desenvolveu uma medição própria de ROI (Retorno sobre Investimento) em treinamento, em que são mensuradas as vendas antes e depois do treinamento junto a aspectos relativos ao produto e às variáveis do negócio.

Mas é engano considerar que apenas números podem avaliar a contribuição da área de T&D na empresa. Alternativas para medição de impacto, como análises qualitativas, satisfação do cliente etc., podem trazer à empresa uma dimensão importante sobre o impacto das ações de treinamento.

A partir dos pontos levantados, é possível imaginar que essa transformação não apenas vai afetar a divisão de T&D (como área dentro da empresa), mas também as pessoas que trabalham com desenvolvimento. Como deve ser o novo perfil desse profissional e o que difere daquele que temos hoje nas nossas divisões de T&D?



Daniel Maganha, Gerente de Projetos T&D da GS&MD – Gouvêa de Souza