sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

O RH em transformação

Os novos tempos chegaram, para pessoas e empresas. O fato de que estamos todos mergulhados numa nova realidade, permeada por novas formas de relacionamento e intensa conscientização do respeito aos direitos individuais, é perceptível a olho nu.

Parece paradoxal, mas na era da tecnologia e do conhecimento, o ser humano vem reforçando sua posição num universo onde a redução de custos orienta praticamente 60% das ações corporativas ligadas a estratégia. Isso tem uma explicação até certo ponto óbvia, mas que levou décadas até assumir os contornos de hoje: a tecnologia deve facilitar a interação entre as pessoas, jamais pretender substitui-las.

Se considerarmos que as perspectivas de longo prazo apontam para a redução vigorosa das margens de lucro das empresas, cada momento de contato com o cliente representará uma oportunidade valiosa. Seja para a concretização de negócios ou mesmo para o fortalecimento do relacionamento. E por mais que haja suporte suficiente da tecnologia, em última análise o homem seguirá sua trajetória como referencial confiável do cliente, a face visível da empresa, a personificação de seus propósitos.

Diante desse contexto, e pensando no quanto a atuação humana será capaz de influir nos resultados organizacionais, as atribuições de gestão de pessoas adquirem nova dimensão: a da estratégia. As diretorias de recursos humanos passarão a influir sobremaneira nas estratégias das empresas, uma vez que todo o qualquer movimento, especialmente aqueles que repercutem sobre estruturas, cargos ou benefícios, poderão incidir exatamente sobre elementos de sustentação da cultura e do clima organizacionais.

O RH já começou a mudar para acompanhar o novo ritmo do universo corporativo. E o melhor começo para essa transformação deve ser o de procurar antecipar as visões de futuro que influenciarão diretamente ou dependerão da interação humana para se concretizarem. Para isso, a nova gestão de pessoas precisará abandonar o casulo dos conceitos formados para a administração de recursos humanos, buscando ampliar sua visão sobre negócios, marketing, comunicação, finanças e tantas outras áreas que alicerçam a atividade empresarial.

Luís Carlos Carvalho da Silva